Localidade de Bela Vista |
Fazia algum tempo que queria pedalar para este lugar, acredito que de bike pelas "colônhá" tenha sido o primeiro, fui por São Miguel, Curva dos Pinheiros, Casa Roxa, Entrada Aeroclube, Rio da Várzea, BR-285 e Bela Vista, a idéia inicial era cruzar a RS-324 e sair na Transbrasiliana, mas passava das 17:30 quando cheguei na RS, então resolvi voltar pelo asfalto mesmo.
BR-285 Rio da Várzea |
Quando sai da estrada que vai a Pulador, via Tropeiro Camponês, tudo foi novidade, mas percurso exigente, muito técnico, não recomendado para iniciantes, a situação da estrada muda bruscamente, de perfeita para estreita, cheia de areia, pedras, soltas ou não, se transforma praticamente em uma trilha no meio de lavoura, subidas e decidas que aparecem do nada, as vezes a sensação de perdido é grande, pondo em xeque as orientações via Google Earth, e ao cruzar a BR-285 a situação consegue piorar, subidas mais íngremes com muita brita solta, exigindo bastante da musculatura, subidas de "partir a bombacha".
A caminho da Bela Vista. |
Chegando a Bela Vista, uma rápida parada para fotos da 'praça e igreja', nisso passa um senhor de caminhão e grita: "-Tem que usar a camiseta do Grêmio!"; putz, como se eu me importasse com futebol, as cores e símbolos que carrego em minha camisa representam um patriotismo que não surge de 4 em 4 anos, em ano de eleição, mas não tem nada a ver com eleição...
Parece a "Mâo do Diabo" (Frailty) de Bill Paxton... |
Agora sigo a caminho da estrada que liga Carazinho a RS-324, a partir dai a estrada segue 'bem marcada', com algumas subidas para não esquecer onde se está. A estrada termina ao lado de uma cooperativa as margens da RS-324, como estava tarde, o frio estava forte, e os amigos 'speedeiros' me disseram que o trecho era conservado, me 'larguei' pela RS, mas... me mentiram, a RS tá bem ruinzinha , acostamento estreito, desnivel de uns 20cm em alguns pontos, ótimo para tombos, uma quantidade enorme de detritos e pó de brita nas baixadas devido a um 'tapa buraco' que se desmanchou nas últimas chuvas, sem falar no transito pesado de caminhões, e pensar que a última vez que pedalei por ali, "nem asfalto tinha."
Vista do viaduto do entroncamento RS-324 com BR-285 |
Cheguei no centro as 19:00h, uma breve volta para ver os "galetos" e me fui embora fechando um total de: quase 62Km.
Bom, considero que este trecho é bem sofrido, mas vale a pena pela paisagem diferente, pelas subidas quer não lembram a nossa região, ou por serem novidade foram tão marcantes; mas o veredito final darei quando fizer este percurso como planejado, cruzando a RS e saindo na Transbrasiliana.
Destaque negativo: o estado lastimável de várias pontes pelo caminho, requerendo atenção para não ir rio a dentro.
Abraço.
Kusma.