segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pedal 29-09-2013 Engenho Grande, Vila Langaro, Santa Rita, Tapejara, Nossa Senhora do Carmo, Sananduva.

Lagoa no Povinho Velho.
    Como havia comentado, e convidado a todos, neste último domingo fiz o pedal para Sananduva, um pedal para poucos, pois o nível de exigência foi extremo, o que já era esperado, mas nunca fui de me afrouxar por dificuldades, e o caminho escolhido, conhecido até Vila Langaro, presenteia quem o desafia com belíssimas paisagens, que infelizmente as fotos e vídeos não correspondem ao que realmente se vê, fico devendo...

   O desafio passou por: Sede Campestre do Comercial, Passo do Cruz, Povinho Velho, Rio do Pexe, Engenho Grande, Vila Langaro, Santa Rita, Tapejara, Vila Marchiori, Linha Três, Nossa Senhora do Carmo, Sananduva.
Capela São Pedro no Rio do Peixe.
   Logo de cara, uma quantidade enorme de barro, que me acompanhou até o Povinho Velho, sendo alguns trechos intransitáveis, sendo necessário desembarcar da bike e pular cercas, pois pela estrada não tinha como.
"Quase" tão difícil como pedalar no asfalto!
   E para dar mais uma força, pouco antes das 09:00, a temperatura 'caiu' alguns graus, mas meus "poucos mais" de 20 anos neste brique, me fez sair de casa com uma camiseta por baixo da farda, o que foi ótimo, pois a temperatura foi subir pra valer depois das 14:00.
Não te lembra alguém?
  Logo cheguei na comunidade de Engenho Grande, ali seria o primeiro "divisor de águas", pois iniciaria as primeiras subidas mais longas e fortes, mas era apenas o começo...
"Início " dos trabalhos, em Engenho Grande.
    Depois de encarar as primeiras lombas, chego na RS - 463, faço um pequeno trajeto por ela, e entro em direção a Vila Langaro, também pelo asfalto, ambas estradas esburacadas, novidade....

    Ao chegar em Vila Langaro, fui na Gruta Nossa Senhora de Lurdes, reabastecer as caramanholas com água direto dos morros.
Gruta Nossa Senhora de Ludes
  A parada foi curta, pelos meus cálculos estava com atraso de mais de uma hora, o barro no início não me ajudou, e para completar, a avenida principal em Vila Langaro estava em obras na parte não pavimentada, ótima para tombos...
Saindo de Vila Langaro.
Orientações
 Ali se iniciava as orientações, que iriam até Sananduva, aproveitei para testar orientar-me pelo Google Earth do celular, via Google Mapas, e lógico, pelo GPS do aparelho. Se você carregar o Google Earth antes de sair de casa, pois sem sinal de celular ele não se atualiza, e utiliza só o que já foi carregado, funciona muito bem, impossível se perder, mas por via das dúvidas, instalei o outro velocímetro na bike, e também fiz as velhas orientações na folha de caderno, celulares/GPSs dão pau, folha de papel não...
    Agora encarando imensas subidas, íngremes e longas, e no final da primeira a visão era esta, enxergando Coxilha 'lãããã' ao fundo.
Se ampliar a foto enxergara lá nos confins 3 antenas, é Coxilha.
Panorâmica do mesmo local.
  No ritmo que subo, desço, não nas mesmas proporções, e no meio de mais uma lomba, me deparo com uma enorme torre de alta tensão, que me lembre, a maior que já vi, ainda sem os cabos de força.
Da para se ter ideia do tamanho se comparar com as vacas ao lado.
  Por ali tive a primeira visão dos prédios de Tapejara:
Tapejara logo ali....
   Saio de meu percurso para ir, ou tentar chegar, ao Cachoeirão do Rio Tapejara, ai a estrada fica bem 'secundária', com vários pontos com barro, ao me aproximar do local, ouço o barulho das quedas d'água, mas para minha frustração, o local teria acesso apenas por  uma parede de pedras em meio ao mato de uns 40 metros, e não consegui avistas a cachoeira por este mesmo mato, mas insisti por mais três entradas, todas davam "nas pedras", ai decidi seguir mais a frete na estrada, não aceitava a ideia que um local como aquele só tivesse acesso por ali; "me dei", pois a estrada principal ficava a uns 300 metros a frete, junto a uma plantação de pasto.
  A primeira vista do local é uma tristeza só, muito lixo acumulado as margens, vindos rio abaixo.

   Segui a trilha enlameada, e a primeira vista do local é esta:

   O local é lindo, se caminha pelas pedras até a cachoeira.





Da pra chegar bem próximo.
   Ao sair do local, encontrei o proprietário das terras, o sr. Gilberto, que estava indo pescar cará usando como isca "bosta" de porco. O mesmo, com muita revolta, me falou que a poluição do local vinha da cidade de Tapejara, que já havia sido feita uma limpeza no local, toda manual, já que não pode entrar nenhum tipo de máquina no local, que é de preservação. e o cara acha que este tipo de problema da só no Rio Passo Fundo próximo a EMBRAPA.
   Ao cruzar a ponte sobre o mesmo rio, que limita as cidades de Vila Langaro - Tapejara, a estrada muda, é ótima, bem empedrada e compactada, perfeita mesmo, e em todo o limite da cidade de Tapejara, nas estradas que passei estavam assim, sem falar que também com sinal de celular, inclusive com conexão de dados.
Comunidade de Santa Rita
Agora sim, logo ali!
    Cruzei pelo centro de Tapejara, que só conhecia até o trevo para Ibiaçá, a cidade é bem maior que imaginava.
     Agora o pedal mudou, ficou plano, com descidas, e foi assim por uma longa parte.
Se em Vila Rosso tem o Flamengo, na Vila Marchiori tem o são Paulo.
   Por ali, achei uma sombra para o almoço, torrada e água.


A vista do meu almoço.
Linha Três.
   Só depois de Linha Três peguei a primeira subida forte, e depois uma descida violenta, de aproximadamente 1300m, com uma perda de elevação de 90m, no final o rio que divide Tapejara com Ibiaçá.

      Descer tudo isso de uma vez só não poderia resultar em outra coisa, logo que cruzei uma sanga a subida, os primeiros 400m se sobe, quer dizer, se escala 50m na altimetria, e num total de 3km subi 110m, as pernas queimavam no final, pelo menos a estrada estava boa para subir hora em pé, hora sentado, a vista lá do alto:


A serra é logo ali!
   Nesta parte, o caminho é rodeado por quedas d'água e cachoeiras, o som das mesmas vem das matas ao lado da estrada, o cansaço e o tempo, ficando escaço, me fez não procurar nenhuma para fotografar. Logo chego a comunidade Nossa Senhora do Carmo, ali faltam 10 km para chegar a Sananduva, mas já tendo conhecimento que estes últimos quilômetros seriam de muitas subidas.
Nossa Senhora do Carmo.
    Depois de muitos sobes, e poucos desces, avisto Sananduva, mas pra completar tinha uma longa e íngreme subida, que mesmo entrando na zona urbana, e a rua já pavimentada, me fez fazer muita força.
Sananduva.
    Faziam mais de 20 anos que não ia a Sananduva, a última vez que fui, estavam fazendo o asfalto entre Tapejara e Ibiaçá, a cidade cresceu muito neste longo período que não fui lá.
   Atravessei toda a cidade até o posto de combustível na saída da cidade, lá aguardei uns 20 minutos até chegar meu resgate.
Enquanto aguardava o resgate, apreciava a vista.
  
  
   Com início no Cecy, foi um total de 101 Km, em 7° 07' de pedal, a uma média de 14.1 Km/h.
Torcida!

 Vídeo:

       Pedal Passo Fundo Sananduva por Kusma no Videolog.tv.

  Percurso:

      Visualizar Passo Fundo Sananduva em um mapa maior

Avaliação do percurso.

     Paisagens diferentes das que estamos acostumados a ver, estradas em boas e ótimas se tratando em conservação. Mas pedal de nível extremo, condicionamento, e experiência em 'dosar as forças' te fazem completar o percurso, que jamais deve ser feito pensando em média, e sim em completá-lo.





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