segunda-feira, 5 de maio de 2014

Os carros que Ayrton Senna pilotou na Fórmula 1 - 4°- Brabham BT52B

Brabham BT52B (BMW-Turbo, 4 cilindros)

       14 de novembro de 1983,  Senna chega para seu quarto teste na Fórmula -1, agora no carro campeão da temporada com Nelson Piquet, a convite de Bernie Ecclestone, dono da equipe.

     O local do teste foi Paul Ricard, na França, e junto com Senna, também estavam os novatos, Roberto Guerrero da Colômbia e os italianos Mauro Baldi e Pierluigi Martini, todos desejando a vaga de Riccardo Patrese, que havia deixado o time para pilotar a Alfa Romeo em 84. 
Últimos ajustes.
   O primeiro a ir a pista é Piquet, da algumas voltas para ajustar o carro e vira 1'05"90, no momento que Piquet retornou ao box o carro não sofreria mais ajustes, e todos fariam seus testes a partir deles.
Bernie Ecclestone, e o projetista Gordon Murray e Senna .
    Bernie ainda brinca, dizendo que Senna seria mais rápido que ele, Piquet, que respondeu "-Tudo bem, aposto 100 mil dólares!", já prevendo os tempos finais do teste.

  Resultado final dos testes:
1° 1"05'90 Nelson Piquet 
2° 1"07'80 Mauro Baldi 
3° 1"07'90 Ayrton Senna 
4° 1"08'60 Roberto Guerrero 
5° 1"08'90 Pierluigi Martini 
    
   Piquet ficou 2" a frete dos novatos e justificou:
   "Claro que eu seria mais rápido. Eu tinha acabado de ser campeão mundial naquela Brabham. Se um cara que estava conhecendo o carro naquele dia conseguisse me superar, era hora de fazer a mala e ir embora para casa"

    Senna:
"Meu pior teste, com certeza, foi com a Brabham em Ricard. Eu estava sentindo que podia fazer muito mais..."
Pierluigi Martini 
    Mas dois problemas maiores que a vontade de Ecclestone de ver Senna seu segundo piloto afetaram em sua decisão.
 1°- o principal patrocinador da equipe, a Parmalat queria um piloto italiano para ocupar a segunda vaga para chamar mais atenção da imprensa italiana.
 2°- Piquet não queria Senna no time, fato que o mesmo negou, mas Herbie Blash, diretor da Brabham, e Chris Witty, diretor da Toleman (ambos juntamente com Ecclestone comandam a F-1 atual), e o próprio Senna disseram o contrário, que o veto partiu de Piquet.
Piquet, Guerrero, Senna e Murray.
     
   Bernie Ecclestone:
"Nélson ficou muito chateado quando descobriu. Percebi isso porque ele, pela primeira vez, levou um assunto ao patrocinador. Disse a Parmalat que era estupidez ter dois brasileiros, pois eles nunca iriam se dar bem. E eu disse a Parmalat que Senna era mais veloz que Piquet e que era por isso que ele não o queria na equipe"
   
   No final das contas o 2° posto foi ocupado por um italiano, mas não foi Martini e nem Baldi, e para falar a verdade foram dois italianos, os irmãos Fabi, Teo foi o titular do 2° carro, mas como dava prioridade a Fórmula Indy/CART nos EUA, quando dava choque no calendário, Corrado o substituía.
Teo Fabi
Corrado Fabi.


    
  











Mauro Baldi

     Sempre bom salientar que a atitude "chorosa" de Nelson Piquet no automobilismo é algo "normal", e o próprio Ayrton Senna utilizou deste "método" algumas vezes, pois é só lembrarmos de Johnny Dumfries, Satoru Nakajima...
    O ano de 1984 marcou o início da decadência da equipe Brabham, que, sucumbiu de vez no início dos anos 90.


OUTROS CARROS QUE AYRTON SENNA PILOTOU NA F 1



01° WILLIANS FW08C
02° McLAREN MP4/1C
03° TOLEMAN TG183B

04° BRABHAM BT52B

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