Aceitando o convite do amigo Lorenzini, fomos pedalar nesta tarde, a idéia era ir até Pulador por um lado e retornar pelo outro, sim era, pois na segunda subida entre São Miguel e Curva dos 3 Pinheiros, quando ‘mudei’ do modo em pé para o sentado, um estouro forte; no mesmo momento resmunguei para o Lorenzini, “-Quebrou o quadro!”, mas antes mesmo de descer da bike, ouvi o banco picando na estrada morro abaixo, confesso que foi um alívio, pois se o quadro quebrasse de cair banco com o canote eu não estaria pedalando, e sim caindo, o que realmente quebrou foi o canote do banco.
A verdade é que foi puro desleixo, pois ligas de metal, ao contrário do carbono, na maioria das vezes ‘avisa’ que algo está errado, entortando, trincando, rangendo, soltando um ponto de solda etc., o carbono na maioria das vezes se quebra sem ‘aviso prévio’, no meu caso, o canote estava torto, e deveria te-lo trocado antes do transtorno.
Com a alicate que carrego no meu kit de ‘primeiros socorros’ não conseguimos tirar o ‘toco’ de canote que ficou dentro do tubo do quadro, decidimos voltar, ainda mais que estava perto de casa, desci a lomba na bike, mas a sensação sem o banco é horrível, não é só não poder sentar, surge uma instabilidade enorme, insegurança, sem falar na impressão de estar pedalando uma BMX, fomos a pé mais um pedaço, até um caminhão da Dalvar oferecer socorro, coloquei a bike na caçamba com auxilio do carona, enquanto o Lorenzini foi pedalando e sumiu na frete, o alcançamos já na Cidade de Deus, como fiquei na entrada da Graeff, aguardei um instante o Lorenzini chegou, me desculpei novamente, pois o transtorno era culpa minha por não fazer a manutenção correta da bike, e dei uma ‘maravilhosa’ caminhada de pouco mais de um quilometro até em casa, mesmo no asfalto não deu coragem de pedalar sem banco.
Esta situação me fez pensar naqueles, principalmente naquelas, que sempre pedalam sentados, sem dar “uma güélinha pra buzanfá”, estes bikers nesta mesma situação provavelmente cairiam, pois eles(as) sempre param a magrela com a bunda no banco, sendo três apoios na bike, braços, um dos pés, e o traseiro, mas como parariam uma bicicleta sem o apoio da bunda? Ou pior, como andariam em pé na bike e parar com apenas dois apoios na bicicleta? E se a situação fosse em uma descida? É minhas colegas de trabalho, está na hora de rever alguns conceitos, principalmente que pedalar em pé nas subidas, ou revezar, hora em pé, hora sentado, ajudaria muito, nas descidas é fundamental estar em pé na bike, com o banco preso entre as pernas para maior estabilidade e distribuição de peso morro a baixo, normalmente com o forébis um pouco atrás da linha do banco, coloquem em prática estas dicas e verão uma enorme diferença em suas pedaladas, diminuirá consideravelmente a fadiga.
Uma boa revisão semanal na magrela, mesmo que no “zóiômetro”, evita este tipo de transtorno, que hoje foi só uma caminhada de sapatilha rígida e pavorosa para andar, já que foi projetada para pedaladas...
Analizando melhor os restos mortais do canote da marca Zoom, percebi que a parede do tubo tinha uma diferença na espessura, uma parte tinha 1,5mm, e outra 2,5mm, ai fica a dúvida, quebrou por essa diferença de espessura no tubo, ou a fadiga mudou a espessura do tubo e quebrou? Essa só o CSI para responder.
OBS: O 'incidente' me deixou dolorido e com hematomas na parte interna das coxas logo acima dos joelhos, na hora não senti, mas agora que escrevo este complemento do texto, as 18:00 de 30-09, ainda dói consideravelmente.